terça-feira, 24 de maio de 2011

Marcha da --------------- CENSURADO!

Ainda que de forma parcial, repercutiu em toda a imprensa. A Marcha da Maconha de São Paulo 2011 reuniu mais de 3000 pessoas no MASP, na tarde ensolarada do último dia 21. Quando cheguei lá com meus amigos, às 14h30, havia uma multidão debaixo do vão livre. Encontrei logo de cara também uma situação muito tensa. A Polícia Militar estava impedindo que os manifestantes saíssem em passeata. Tudo isso porque na noite da sexta-feira, o desembardagor Teodomiro Mendez havia emitido uma liminar proibindo a manifestação, sob a hipócrita alegação de apologia ao crime. A Marcha da Maconha tounou-se uma marcha pela liberdade de expressão. Aliás, era esse o combinado com a própria PM no dia anterior, algumas horas antes da proibição judicial. Em caso de proibição, organizadores e Policiais Militares haviam combinado que haveria uma passeata pelo direito de se manifestar. Mas eles não cumpriram o trato!

Multidão na concentração. Avenida Interditada! Foto: Caio Lima
Na primeira vacilada da PM, a multidão corajosamente saiu debaixo do MASP e tomou conta da Avenida Paulista. Marchamos! E mesmo com a repressão violenta que veio a seguir, nos dispersamos apenas depois de 2km! Eu estava lá, no meio da passeata quando, de repente, ouço um estrondo. Eram bombas de efeito moral. Pessoas correndo e a Polícia se aproximando cada vez mais de nós. Tive que correr também, até o final da Paulista, quando a multidão se espalhou para a outra pista, que estava liberada para o tráfego. E a PM jogando bombas e gás lacrimogênio do lado de lá também, no meio dos carros e das pessoas que apenas ali passavam. Como diria Soninha, se a ideia era dispersar a multidão, então pra que diabos jogar bombas nas pessoas que já estavam dispersadas? E pior, no meio de crianças, idosos, mulheres e cidadãos que nada tinham a ver com a passeata!

Mas seguimos adiante. Na Rua da Consolação, mais bombas, gente correndo e gritando, spray de pimenta, balas de borracha. Mas o brinquedinho que me acertou mesmo foram as bombas de gás lacrimogêneo. Fiquei com o olho, nariz e garganta ardendo por uns minutos. Tive que parar um pouco e me abrigar num estacionamento. Quando saí de lá, a marcha já havia seguido seu caminho. Meu irmão e um amigo eram os únicos que ainda estavam comigo. Ainda tentei procurar a marcha pelo centro histórico de São Paulo, mas não achei mais ninguém. Acabava, pelo menos pra mim, a Marcha da Maconha 2011. Aproveitamos pra passear na Galeria do Rock hehehe e depois voltamos para São Caetano.
Só fiquei sabendo que a Marcha da Maconha foi protestar em frente ao 78°DP quando cheguei em casa. Aliás, só nesse momento pude ver a verdadeira dimensão do que foi essa passeata:

Veja com atenção e tire suas conclusões:


Marcha 2011


PM ataca manifestantes depois de liberar marcha em São Paulo:


Jornalistas também são agredidos pelos porcos fardados!


1964 ainda vive? Se liga nas bombas explodindo!


O Jornal Nacional, abrindo sua edição de 21/05, com a Marcha da Maconha:


Nem toda desobediência civil é ruim. Parabéns à todos que foram lá  e deram a cara à tapa!
Só nos resta esperar o STF julgar a questão. Se a Marcha da Maconha for considerada legítima, nenhum Poder Judiciário de nenhum Estado da Federação poderá mais censurar a liberdade de expressão.

domingo, 8 de maio de 2011

Marcha da Maconha reúne mais de 5 mil pessoas no Rio de Janeiro

O calendário internacional de manifestações pela mudança na política de drogas começou neste final de semana em vários lugares do mundo. No Rio de Janeiro, mais de 5 mil pessoas compareceram à Marcha da Maconha, que percorreu o trajeto do Leblon ao Arpoador. Mesmo com a prisão de duas pessoas pela PM, a passeata foi pacífica. Veja como foi:



O evento contou com a presença de Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Lula, Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, e Renato Cinco, sociólogo e organizador da marcha

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um breve histórico das Marchas da Maconha

A Marcha da Maconha é um evento que ocorre anualmente em várias cidades espalhadas pelo mundo. O movimento reivindica a legalização da produção e do comércio da Cannabis, bem como a tolerância ao seu uso. O movimento começou em 1994. No Brasil, a primeira passeata aconteceu no Rio de Janeiro, em 2002. Desde então, coletivos de todo o país vêm tentando legitimar as marchas, que já sofreram repressão judicial em várias ocasiões.



Em 2008, a maioria das cidades que haviam organizado o protesto foram censuradas no seu direito de liberdade de expressão. Em 2010, a situação melhorou, mas três cidades ainda tiveram o evento proibido pelo Ministério Público: São Paulo, Fortaleza e Salvador.Relembre o caso da capital paulista:



Apesar da repressão policial e judicial, a marcha aconteceu. Mas a revindicação foi a liberdade de expressão, garantida pelo artigo 5° da Constituição.



Já na capital mineira, a passeata fechou ruas e avenidas no Centro da cidade.



E amanhã, 07 de Maio de 2011, a manifestação está programada para acontecer em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitória. Acompanhemos as marchas neste fim de semana.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Policiais Militares negligentes aprendem lição de bons modos em São Paulo

Ação aconteceu após tentativa de agressão contra um artista de rua na Avenida Paulista
Episódios de abusos de autoridade cometidos pela Polícia Militar acontecem frequentemente em vários lugares do Brasil. Mas, no último sábado, 30 de Abril, quem se deu mal foi a guarda negligente. Um artista de rua foi abordado com brutalidade pela PM enquanto fazia uma manifestação bem humorada em cima de um orelhão. Após ter sido derrubado ao chão, o rapaz foi firme na hora de conversar com os policiais, que ficaram numa situação constrangedora. Veja:



Óbvio que não se pode generalizar, afinal, ainda existem alguns bons policiais. Mas, a sociedade também não pode mais fechar os olhos para os abusos cometidos pela PM. Alguma coisa tem que mudar no país onde menos de 10% da população confia nas corporações policiais
Porcos fardados, seus dias estão contados!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Maconha: Mitos e Fatos

Se há uma droga cuja história foi distorcida, corrompida e manipulada, essa droga é a maconha. Quando foi proibida na maior parte do mundo, durante a década de 1930, a campanha para demonizar essa planta ganhou muita força. E o resultado disso pode ser sentido até hoje. Muitas pessoas ainda acreditam que a maconha é porta de entrada para drogas mais pesadas, que a maconha destroi os neurônios, que o usuário é o vagabundo que financia o tráfico, dentre outras conclusões absurdas. Agora, neste início de século, milhões de pessoas em várias partes do mundo estão se dando conta de que essa política de drogas é um verdadeiro desastre para toda a humanidade. Os efeitos nocivos do proibicionismo podem ser sentidos com mais intesidade em países como o Brasil, por exemplo, na qual essa política criminal só agrava nossos problemas sociais.

Quem é a vítima desse "crime", hein Polícia?
O documentário Cortina de Fumaça, lançado em 2010, aborda a questão das drogas sob um ponto de vista completamente diferente do mostrado diariamente nos noticiários. Produzido pelo jornalista Rodrigo Mac Niven, o documentário conta com depoimentos de nomes de peso, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o neurobiólogo Sidarta Ribeiro, dentre outros. Vale a pena gastar esse tempo e assistir, afinal, o assunto é de interesse geral.



As demais partes do Cortina de Fumaça estão disponíveis no Youtube. É possível também baixar o filme AQUI.

"A sociedade lida com todos os males causado pelo álcool e tabaco sem derramar uma gota de sangue. Por que com a maconha isso é diferente?"

domingo, 1 de maio de 2011

Maio Verde já começou!

Hoje é 1° de Maio de 2011. No próximo final de semana, estará aberta a temporada das Marchas da Maconha que acontecerão em vários lugares do Brasil. No sábado, dia 7, Vitória, Belo Horizonte e Rio de Janeiro começarão as manifestações. A marcha da cidade paulista de Atibaia será no dia seguinte. Para saber mais sobre a programação nacional, CLIQUE AQUI. Os movimentos já estão divulgando o evento pelas redes sociais e panfletos desde o começo do ano. Mas o que chamou mesmo a atenção foi um avião que passou pelas praias cariocas ontem a tarde:

Faixa em avião informa data e local da passeata no Rio de Janeiro. (Foto: Matias Maximiliano)

A dica é comparecer na marcha de sua cidade (ou na mais próxima) para ouvir o que eles tem a dizer, quebrar o preconceito e a hipocrisia e debater essa política criminal fracassada. Ouçam o jingle da Marcha da Maconha 2011:



"Se defender mudanças na legislação fosse crime, deveriam prender o Congresso Nacional inteiro! Não é isso que os parlamentares fazem?"